Nascido na França dos anos 1920, o Art Déco cativou o mundo com um encanto que misturava o antigo e o futurista, a geometria das máquinas e a poesia das civilizações perdidas. Era a linguagem do progresso revestida de luxo — uma fusão de expressividade, cores vibrantes, metais reluzentes e ecos de culturas ancestrais. Em pouco tempo, tornou-se o idioma universal da elegância moderna.
Do design de móveis às joias, da arquitetura aos trajes de gala, do teatro ao cinema, o Art Déco permeou cada aspecto da vida cotidiana. Mas foi nos cartazes — os grandes altares da era industrial — que o estilo encontrou sua expressão mais sedutora. As linhas limpas, as tipografias ousadas e as figuras estilizadas dos pôsteres de cinema e publicidade capturavam a promessa de um novo tempo, onde o glamour se confundia com a velocidade das metrópoles.
Nenhuma obra traduz esse espírito melhor do que Metrópolis (1927), de Fritz Lang — uma distopia monumental que combinou arte, arquitetura e tecnologia num só delírio visual. O filme se tornou um ícone absoluto do movimento, e seu pôster, uma verdadeira relíquia moderna: em 2012, uma das raras quatro cópias originais foi leiloada por US$ 850 mil, e acredita-se que uma delas pertença a Leonardo DiCaprio.
Mesmo após seu auge, o Art Déco nunca desapareceu. Ganhou novo fôlego com a Pop Art dos anos 1960 e voltou a brilhar nos anos 1980, impulsionado pelo renascimento do design gráfico. Hoje, continua a inspirar artistas, cineastas e designers — um lembrete de que o sonho moderno, feito de aço, cor e imaginação, jamais se apaga.
Porque o Art Déco não é apenas um estilo: é uma linguagem atemporal, uma celebração da beleza que atravessa eras e continua a falar, com voz elegante e luminosa, ao futuro.
Fontes: art deco napier, V&A, Web Archive, art deco muziejus