A história do Retábulo de Ghent
A história do Retábulo de Ghent, também conhecido como A Adoração do Cordeiro Místico, então uma verdadeira epopeia artística. Criado pelos irmãos Hubert e Jan van Eyck, o monumental conjunto atravessou séculos marcado por guerras, roubos e incêndios, mas também por milagres de sobrevivência.
Considerada uma das maiores obras de arte da humanidade, essa peça marcou um ponto de virada na pintura ocidental, portanto, tornou-se uma das criações mais influentes de todos os tempos.
Estrutura e técnica: o brilho que vem de dentro
Composto por dezoito painéis em carvalho, o retábulo apresenta uma sequência de visões bíblicas onde o humano e o sagrado se encontram em perfeita harmonia. Antes de receber as camadas de tinta a óleo, as superfícies foram preparadas com giz e cola animal, o que permitiu um acabamento minucioso e duradouro.
Jan van Eyck dominava a técnica do óleo como ninguém. Além disso, sua aplicação em camadas transparentes criava um brilho quase sobrenatural, como se a luz emanasse das próprias figuras — um feito que revolucionou a arte europeia e consagrou o artista como um mestre da luminosidade.
Um destino marcado por guerras e mistérios
O destino do Retábulo de Ghent foi tão dramático quanto o conteúdo que ele retrata. Durante a Revolução Francesa, em 1789, a obra foi retirada da Catedral de São Bavão, em Ghent, e levada para Paris em carroças puxadas por cavalos.
Mais tarde, durante a Segunda Guerra Mundial, Hitler ordenou que o retábulo fosse escondido em uma mina de sal. Graças à coragem de mineiros anônimos, ele sobreviveu — junto com centenas de outros tesouros artísticos da humanidade.
O roubo dos “Juízes Justos”
Em 1934, o mundo foi abalado por um novo mistério: o roubo de dois painéis — Os Juízes Justos e São João Batista. Logo depois, uma carta anônima exigiu um resgate de um milhão de francos belgas. As autoridades se recusaram a pagar.
Apenas o painel de São João Batista foi devolvido; o outro nunca foi encontrado.
Esta obra monumental continua a inspirar artistas, restauradores e amantes da arte em todo o mundo.
O Retábulo e suas partes:
O Retábulo Aberto
O Retábulo fechado
Adão e Eva
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Os patrocinadores. O Retábulo de Ghent foi originalmente instalado acima do altar de uma capela fundada por Joos Vijd e sua esposa Elizabeth Borluut. São estes abaixo, também retratados na obra.

Entre os doadores estão as estátuas de João Batista (à esquerda) e João Evangelista (à direita). Na época da concepção do Retábulo de Gante a igreja não era dedicada a São Bavão e sim a João Batista.

Os anjos da anunciação
A adoração do cordeiro místicoA música celestial

O retábulo culmina na hieraquia celestial do Deus Entronizado, ou Cristo em Majestade, ladeado de cada lado pela Virgem Maria e João Batista.![]()
A restauração

Fontes: Visit Gent, closer to Van Eyck, The Collector,




A história do Retábulo de Ghent, também conhecido como A Adoração do Cordeiro Místico, então uma verdadeira epopeia artística. Criado pelos irmãos Hubert e Jan van Eyck, o monumental conjunto atravessou séculos marcado por guerras, roubos e incêndios, mas também por milagres de sobrevivência.



