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No início do século XX, poucas palavras causavam tanto medo quanto poliomielite. Invisível, altamente contagiosa e cruel, a doença paralisava centenas de milhares de crianças a cada ano, deixando cicatrizes físicas e emocionais que acompanhavam famílias inteiras.
Atacando diretamente o sistema nervoso, a pólio podia roubar a capacidade de andar, respirar e até viver. Pior: seus efeitos não se limitavam à infância. Décadas depois da infecção, vítimas aparentemente recuperadas ainda sofriam com dor, fadiga e perda muscular, como um fantasma que insistia em voltar.
Nos Estados Unidos, foram registrados 158 mil casos em pouco tempo — e um símbolo sombrio desse período ficou gravado na memória coletiva: o pulmão de aço.
Antes dele, crianças com paralisia respiratória tinham pouquíssimas chances de sobreviver. Médicos notavam, impotentes, que o vírus podia simplesmente silenciar os músculos do peito, sufocando lentamente os pacientes. Foi em 1928 que três pesquisadores de Harvard — Philip Drinker, Louis Agassiz Shaw e James Wilson — mudaram esse destino ao criar o primeiro pulmão de aço, testado no Hospital Infantil de Boston.

A história vaudeville marcou gerações e aqui uma das facetas dessa saga, os cartazes.

No final do século XIX, já havia um boom  das redes de vaudeville, um grupo de casas controladas por um único gerente. A história vaudeville marcou gerações e aqui uma das facetas dessa saga, os cartazes.
A grande depressão financeira da década de 1930 e o crescimento do rádio e, posteriormente, da televisão, contribuíram para o rápido declínio do vaudeville e para seu virtual desaparecimento após a Segunda Guerra Mundial .

O protótipo era engenhoso: um motor elétrico ligado a dois aspiradores de pó controlava a pressão dentro de uma enorme câmara metálica. A cada variação de pressão, o tórax do paciente expandia ou contraía, reproduzindo o movimento natural da respiração. Pela primeira vez, aqueles que já não conseguiam respirar sozinhos ganhavam uma chance.
Mas essa salvação tinha um preço alto. Dentro da máquina, o paciente ficava imóvel, limitado a observar o mundo apenas pelo reflexo de um espelho. E a máquina em si era um luxo inacessível: nos anos 1930, custava o equivalente a uma casa de classe média — sem contar o gasto contínuo da manutenção. Muitos pacientes passavam meses, anos e até toda a vida confinados em sua prisão de ferro.
Ainda assim, milhares sobreviveram graças ao pulmão de aço. Com o tempo, novas tecnologias surgiram: os ventiladores de pressão positiva. Mais leves, eficazes e seguros, eles reduziram drasticamente a taxa de mortalidade em casos graves, de 90% para 20%.
A verdadeira virada, porém, viria com a ciência preventiva. Primeiro, com a vacina de Jonas Salk; depois, com a vacina oral de Albert Sabin, em 1961, feita com vírus enfraquecido. A partir daí, a poliomielite deixou de ser sentença de medo coletivo para se tornar uma lembrança histórica — quase apagada do mapa mundial.
O pulmão de aço, hoje, permanece como um ícone: um lembrete de um tempo em que respirar podia depender do ronco metálico de uma máquina.
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