O Amor entre o gênio da pintura e a filha do padeiro

Quem foi La Fornarina?

La Fornarina representa um dos mistérios mais cativantes da arte renascentista. Essa pintura icônica captura a essência de uma mulher real, cuja vida se entrelaça com a de um dos maiores gênios da pintura mundial.

Margherita Luti nasceu por volta de 1495, em uma família modesta. Filha de um padeiro sienense chamado Francesco Luti, ela viveu em Trastevere, Roma. No entanto, seu apelido “Fornarina” deriva exatamente dessa origem humilde, significando “a filha do padeiro”.

Sua beleza foi notada por Rafael Sanzio enquanto ele trabalhava em afrescos locais. Em seguida, uma relação apaixonada e adolescente e desenvolveu entre eles. Porquanto, o pintor se distraía tanto com ela que atrasava suas encomendas. Assim, ela se tornou musa e companheira até a morte precoce do artista em 1520.

A Relação Apaixonada com Rafael Sanzio

Rafael Sanzio, um dos maiores nomes da Renascença, encontrou em La Fornarina uma fonte inesgotável de inspiração. O romance transcendeu barreiras sociais, unindo um gênio pintor a uma plebeia.

No entanto, o relacionamento enfrentou obstáculos. Rafael estava noivo de outra mulher, e vivia adiando o casamento. Em resumo, La Fornarina ocupava demais seu coração, influenciando obras como “A Madonna Sistina”.

A solidão após a morte de Rafael, levou Margherita Luti a entrar em um convento.  Lá, ela viveu até cerca de 1522. Não obstante, sua memória perdurou através da arte, eternizando o amor proibido. Rafael Sanzio padeceu do mesmo amor que Sandro Botticelli por Simonetta Vespucci, pintando o mesmo rosto da musa em muito das suas obras. Simonetta Vespucci morreu aos 23 anos, mas no romance entre Rafael e Fornarina, foi ele quem partiu mais cedo, aos 27 anos. Com 27 anos deu tempo dele se tornar “O divino” e despertar a inveja de outro gênio, Michaelangelo.

A pintura La Fornarina

A tela La Fornarina foi pintada com maestria por Rafael. Nela, a modelo aparece seminua, com uma pulseira inscrita com o nome do artista, como fosse uma tatuagem. Assim, o quadro declara devoção e afeto.

Detalhes simbólicos são abundantes na obra. Por exemplo, o véu e as joias representam pureza e sensualidade. Em seguida, análises de raios-X revelaram camadas ocultas, adicionando mistério à composição.

A pintura La Fornarina acompanha uma interpretação incomum, muitos estudiosos acreditam que ela sofria de um câncer de mama, que retratado por Rafael no nódulo no seio.

Esta obra influenciou gerações. Após a morte do artista, a pintura entrou para a coleção de Caterina Nobili Sforza de Santa Fiora , como indica uma carta datada de 1595. Mais tarde, passou para as mãos do Duque de Sora e, em seguida, foi adquirida pela família Barberini , uma das famílias mais poderosas de Roma.

O amor entre o Gênio da pintura e a filha do padeiro é dessas histórias de amor que se tornam obra-prima tanto na pintura quanto na literatura.

Fontes de pesquisa: Galleria Nazionale d'Arte Antica, Palazzo Barberini Roma, Procurado em Roma